Decisões

quinta-feira, 23 de junho de 2011


As provas já estavam no chão, todo aquele papel rasgado, todas as fotos em pedaços, todos os lenços com lagrimas, bastava olhar para baixo e o que temíamos estava lá.
No céu as estrelas perderam a graça, a lua continuava a mesma, já não emocionava mais, era divertido ver os balões caindo.
No baralho o fim estava detalhado, a bola de cristal foi quebrada pra ocultar a verdade, ao ler minha mão à cigana chorou, o índio apagou a fogueira, o padre me deu as costas.
Então juntei todos os papeis, levei pra o lugar mais distante e coloquei fogo, mas o fogo não queimou a dor.
Por mais que o tempo passasse o fogo ainda queimava dentro de mim, as cinzas não me deixavam esquecer...
Você nunca disse que haveria escolhas, porque você sempre deixou me deixou tomar nossas decisões.
Voei pra longe, achando que você seguiria meus passos. E agora tomamos outros caminhos, outras coisas, outras pessoas...
Por favor, guardem a Lua. Apaguem as estrelas. Tirem o sabor do mar.
Que as velas se apaguem. Pois agora só existe a fumaça...